A incompatibilidade do nacional-socialismo com o Catolicismo

A incompatibilidade do nacional-socialismo com o Catolicismo
Adolf Hitler, mais conhecido líder nacional-socialista.

Faz-se mister principalmente nos tempos eleitorais (momento que este artigo está sendo escrito) destacar para o leitor a incompatibilidade dum autêntico pensamento católico com uma democracia liberal, obviamente é possível apoiar repúblicas sendo católico, como foi o caso do Equador de Garcia Moreno (onde o mesmo por sinal queria instaurar uma monarquia no seu país, mas infelizmente não obteve sucesso). Apesar dessa incompatibilidade de pensamento democrático, o fiel não deve automaticamente presumir que qualquer regime que se imponha a maçônica democracia liberal seja válido, destaca-se nesse caso principalmente o nacional-socialismo, que infelizmente caiu nas graças de muitos católicos atualmente. Essa nefasta ideologia apresenta pouquíssimos pontos que devem ser considerados, como a luta contra o monopólio bancário internacional e o combate a ideologias liberais no campo social, de resto, pode-se considerar que todos os outros pontos (principalmente o racismo) devem ser combatidos e reprimidos num regime católico ideal.

As condenações da Igreja contra o nacional-socialismo

Papa Pio XI, primeiro chefe de Estado a condenar o nacional-socialismo oficialmente.

É impossível ou no mínimo incompleto discorrer sobre as condenações da Igreja contra a ideologia nacional-socialista sem abordar a grande Carta Encíclica Mit Brennender Sorge do Papa Pio XI, onde nos seus pontos condenou de maneira clara e sonora os erros do nazismo, destaca-se no mesmo documento os seguintes pontos:

14. ''Se a raça e o povo, se o Estado e uma sua determinada forma, se os representantes do poder estatal ou outros elementos fundamentais da sociedade humana possuem, na ordem natural, um posto essencial e digno de respeito — quem, no entanto, os destaca desta escala de valores terrenos, elevando-os à suprema norma de tudo, também dos valores religiosos, e divinizando-os com culto idólatra, inverte e falsifica a ordem, criada e imposta por Deus, está longe da verdadeira fé em Deus e de uma concepção de vida conforme a ela''.

Inegavelmente, a ideologia alemã prezava por uma elevação da raça dita "ariana" num nível muito acima do aceitável, considerando por exemplo o uso e abuso do governo alemão da época de propagandas como a do "Lebensraum", que era a busca de excursões militares em territórios ao leste da Europa para conquistar terras em busca de lugares para proliferar o povo alemão, se pondo acima dos povos que já moravam na região (como ucranianos, poloneses, russos e etc). Foi exatamente contra esse exato culto racial que Pio XI condenou em sua Encíclica. Vamos a outro ponto:

16. "Este Deus tem dado seus mandamentos de maneira soberana, mandamentos independentes do tempo e do espaço, de país ou raça. Como o sol de Deus resplende indistintamente sobre todo o gênero humano, assim a sua lei não conhece privilégios nem exceções. Governantes e governados, coroados e não-coroados, grandes e pequenos, ricos e pobres dependem igualmente de sua palavra. Da totalidade de seus direitos de Criador promana essencialmente a sua exigência a uma obediência absoluta da parte dos indivíduos e de quaisquer sociedades. E esta exigência de obediência absoluta se estende a todas as esferas da vida, nas quais as questões morais exigem o acordo com a lei divina e, com isto mesmo, a harmonização das mutáveis leis humanas com o complexo das imutáveis ordens divinas".

Pio XI coloca no ponto acima uma ideia de igualdade totalmente diferente da vista a partir da década de 60 no herético Concílio Vaticano II, a ideia apresentada por Pio XI é que todo homem se torna igualmente obrigado a conhecer a lei divina, independentemente de raça, nacionalidade ou condição social. Destaca-se nesse caso a raça no caso dos nacional-socialistas, pois como poderia o judeu receber o mesmo evangelho do alemão se está num campo de concentração? Ou um eslavo se está na miséria pois teve sua terra confiscada? Obviamente num regime nacional-socialista não há uniformidade na forma que a palavra é passada, isso devido a superioridade racial, algo totalmente contra a própria lei divina, que como bem definiu Pio XI: "não conhece privilégios nem exceções".

O paganismo das elites nazistas

Alfred Rosenberg, considerado por muitos historiadores como o mais importante intelectual nazista.

Vendo apenas de maneira superficial é possível facilmente traçar vários paralelos da ideologia nacional-socialista com as mais variadas religiões pagãs, indo desde obviamente o paganismo germânico até de maneira mais distante o hinduísmo, já que o ideal alemão desse período estava totalmente imbuído das ideias do "homem guerreiro" que vem diretamente dessas religiões. Aprofundando-se, podemos usar como referência os escritos de Alfred Rosenberg, que trouxe de maneira bem clara a inimizade entre o nazismo e por consequência, sua compatibilidade com religiões pagãs, principalmente o paganismo nórdico, vejamos um trecho do livro "O mito do Século XX":

"A fé alemã ignora que Wotan (Wodan, Odin) está morto como uma forma religiosa. Ele não morreu nas mãos de Bonifacius (São Bonifácio), mas de si mesmo. Ele completou o declínio dos deuses durante uma época mitológica, um tempo de natureza serena. Sua queda já estava prevista em poemas nórdicos, embora as esperanças fossem expressas para a vinda dos fortes um de cima, em apresentação do inevitável crepúsculo dos deuses. Em lugar disso, no entanto, para a desgraça da Europa, o sírio Jeová apareceu na forma de seu representante: o papa romano etrusco. Odin estava e está morto; mas o místico alemão descobriu o forte de cima em sua própria alma".

Ora, como uma ideologia que clama pelo forte significado místico de Odin pode ter compatibilidade alguma com o catolicismo? A não ser que consideremos como catolicismo as correntes modernistas atuais ecumênicas (que nunca serão católicas), não é possível essa compatibilidade! Foi justamente todo esse romantismo pregado pelos nazistas misturado com uma religiosidade totalmente errada (já que a única religião verdadeira é a católica) que foi condenado por Pio XI! Quando nos trechos mencionados anteriores o Santo Padre condenada esses ideais de colocar uma moralidade nacional acima dos valores religiosos, é de exatamente esse tipo de ideologia que ele está condenando, é a nefasta ideologia nazista mergulhada em todo o paganismo nórdico já ultrapassado e derrotado por São Bonifácio, pois Nosso Senhor não é "sírio" como eles dizem, Nosso Senhor está acima desse mundo, ele é Senhor do mundo inteiro, inclusive dos alemães, e ali fará também valer seu Reino.

Ideologia patrianovista vs Nacional-socialismo

Arlindo Veiga dos Santos e Dom Pedro Henrique

Como é bem sabido por nós patrianovistas, o patrianovismo é formado por um tripé: pátria, religião e raça, nossa pátria é o Brasil, nossa religião é a católica e nossa raça é a brasileira, formada por três outras principais raças que construíram esse país: a branca, negra e indígena, onde nenhuma é superior à outra. Ora, nossa pátria não é alemã, nossa religião não é o falso paganismo, e sim a Verdadeira Igreja, e nossa raça é a composição de outras três, não há uma superior, então por que deveríamos nos aliar aos nacional-socialistas se simplesmente não há nenhum ponto em comum em nossas doutrinas? Todos esses motivos trazem apenas razões para rechaçar cada vez mais essa ideologia equivocada do que é um nacionalismo, esse falso nacionalismo criado tenta trazer conceitos para uma nação também artificial (a falta de organicidade no Estado alemão será assunto para outro artigo), trazendo verdadeiros danos não só para seu país de origem como também para as outras nações, onde pessoas sem rumo adotam essas ideologias pensando que estão acreditando num verdadeiro nacionalismo.

Oração final

São Bonifácio derrubando o carvalho de Thor.

Bom, sei que esse artigo foi mais curto que os demais, muito devido à minha visão desse assunto ser bastante simples, não precisando de muitas delongas e extensões, pois o nacional-socialismo é condenado pela Igreja porque é errado, e ponto, Roma locuta, causa finita. Para melhor encerrar esse artigo, convido o leitor para rezar uma oração para São Bonifácio, apóstolo da região germânica e destruidor dos falsos deuses que lá eram cultuados:

Ó Deus, que destes a São Bonifácio o espírito missionário que o fez deixar seu país para evangelizar os povos germânicos, cumprindo a vossa vontade, daí também a nós a graça de um renovado ardor missionário e a bênção de realizar vosso plano de amor em nossas vidas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São Bonifácio, rogai por nós.”