A queda da Nova República e a necessidade de um novo horizonte na política nacional
Qual é a solução para a crise política moderna? Este é um questionamento recorrente aos católicos, especialmente com toda a crise que assola nossa Santa Igreja.

- Todos os links importantes estarão no final do artigo
Todo e qualquer brasileiro minimamente lúcido já podia perceber há algum tempo o desastroso fracasso da República, em especial a Nova República que vigorou de fato a partir da promulgação da constituição de 88. Nos últimos 30 anos o Brasil assistiu a um jogo de poder entre neoliberais e aqueles teoricamente ligados a um projeto socialista de nação, mas que na realidade prática, estavam mais próximos da social democracia. Essa realidade mudou ligeiramente nos últimos 10 anos, com a popularização da figura de Jair Messias Bolsonaro, um político de carreira com uma capacidade intelectual baixíssima e uma linha ideológica um tanto confusa no que tange à um projeto de nação, hora tendia a posições mais autoritárias nos seus "discursos", hora mais neoconservadora, hora mais liberal. Com as insatisfações gerais da população crescendo cada vez mais e atingindo seu ápice nas manifestações de 2013 e 2014, Bolsonaro conseguiu angariar um amplo apoio dos setores mais "conservadores" da população devido aos seus posicionamentos de combate ao narcotráfico e a criminalidade, de críticas aos avanços das agendas progressistas no país, principalmente ligadas ao movimento LGBT e o combate à corrupção, grande parte dos brasileiros apoia cada um desses pontos, já que geralmente são de maioria "conservadora" (entenda por aqueles que negam as pautas wokes e não aqueles que representam o real significado do conservadorismo, ainda que seja falho). Devido aos escândalos de corrupção constantes, ao aumento desastroso do crime organizado e das mortes causadas por assaltos e latrocínios e com a crescente crise econômica, a população estava cada vez mais insatisfeita e em ponto de ruptura com o Status Quo nacional.

Todos vivenciamos esses eventos, sejam eles espontâneos em algum nível, sejam fruto de alguma intervenção de forças alienígenas no país com o fim de causar desestabilização, o fato é que grande parte da população genuinamente estava insatisfeita com a situação vigente à época, tudo isso culminou no impeachment de Dilma Rousseff no ano de 2016, e que consequentemente culminaram na eleição de Bolsonaro em 2018, que de fato se provou ser um governo confuso, não trouxe avanços muito significativos para o Brasil, não cumpriu muitas das suas promessas de campanha e aquelas cumpridas foram feitas porcamente, como por exemplo a ampliação do acesso à armas de fogo, que foi realizada mas somente através de decretos que seriam facilmente revogados, e não surpreendentemente, foram revogados no dia 1 de janeiro de 2023 com a posse do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além disso, se provou ser um liberal de fato em diversos aspectos dos 4 anos de governo, com decisões e indicações que mostravam essa faceta liberal. Fato é que analisando nossa história recente podemos perceber problemas alarmantes, que partem do alicerce progressista e laico que guiou o processo de redemocratização em 1985 e estabeleceu uma constituição totalmente progressista em 88, mas que partem também de problemas muito anteriores, em grande parte erigidos em 1889 com a proclamação de nossa tão nefasta república e mais, partem também de uma falta notória e recente de lideranças nacionais comprometidas com nossas tradições, com nossa soberania e acima disso, com a realeza de Nosso Senhor, já abandonada por quase todos os governantes no mundo atualmente. Como resolver essas questões? Primeiro é necessário diagnosticar brevemente quais são os verdadeiros problemas ideológicos vigentes, que envolvem também o atual cenário político mundial, mais do que isso, entender qual deve ser a posição tomada por um católico alinhado a Tradição e quais ideologias de maneira alguma podem ser defendidas por um católico, portanto, vamos ao diagnóstico.

O simplório e raso espectro político vigente

Os termos "direita" e "esquerda" já estão consolidados no vocabulário popular, mesmo que a maioria esmagadora não conheça os seus significados e delimitações, e o mais intrigante é que na verdade ambos os termos não tem delimitações objetivas e variam absurdamente com a opinião de pessoa para pessoa, posto isso, deve se levantar o seguinte questionamento, um espectro político como o atual, que possui apenas duas posições (no máximo poderíamos adicionar a posição de centro) é eficiente? Indo um pouco mais fundo, é uma maneira justa, correta e assertiva para analisar o campo político? É evidente que não, os problemas em torno da dicotómica definição de direita e esquerda já são conhecidos por muitos, porém, é necessário esclarecer esse ponto aos que ainda não enxergam com clareza as razões pelas quais os termos devem ser abandonados, caso o leitor já conheça a argumentação poderá pular essa parte já que não afetará o entendimento do resto do artigo, vejamos então a origem de ambos os termos e a razão da necessidade de abandono dos mesmos, principalmente quando se deseja adentrar em debates e análises mais aprofundados da realidade política.

A origem dos termos é bem clara e acredito que muitos já saibam disto, eles se originam com a Assembleia dos Estados Gerais franceses, basicamente e de maneira resumida, os que se sentavam à direita do rei compactuavam com o Ancien Régime, ou Antigo Regime, que era o modelo de Estado vigente na França à época, resumidamente é a chamada monarquia absolutista aos moldes franceses, esses homens sentados à direita acreditavam na continuidade desse modelo de monarquia e no máximo conjecturavam algumas reformas, mas nunca uma superação do mesmo, já os que se sentavam à esquerda do rei eram contrários a continuidade da monarquia absolutista e defendiam uma superação desse modelo de Estado e de sociedade aristocrática, as ideias destes indivíduos à esquerda vão adentrar o campo da moral, do direito, das normas sociais e de muitas outras coisas, adotando sempre um horizonte puramente revolucionário e de ruptura, além disso, existia a chamada planice, a parte mais baixa ao centro da assembleia, onde aqueles que transitavam entre posições permaneciam. Basta entender isso, já que as bases filosóficas e políticas desses movimentos são muito complexas, e renderiam um grande artigo, portanto não serão aprofundadas.

Com a análise óbvia dessas informações está claro quais são as delimitações corretas dos termos, à direta estão os defensores do Antigo Regime e à esquerda estão os defensores da revolução e da mudança no cenário político francês, visivelmente isso só se aplicaria ao dado momento histórico em que se originaram, em especial, durante os eventos que antecedem e permeiam a Revolução Francesa, mas veja, é muito fácil portar essa diferença entre os respectivos lados para qualquer cenário, partindo da ideia de que a direita sempre se posiciona em favor do regime em vigor, em especial regimes "elitistas" e aristocráticos, e que a esquerda por essência é revolucionária, igualitária e sempre tentará usurpar o poder das elites instituídas, já mais recentemente com o surgimento do marxismo, alguns vão dizer que a direita é apoiadora assídua do capitalismo, enquanto a esquerda é a vanguarda do socialismo e do marxismo, ou que a direita sempre defende valores "tradicionais" e retrógrados enquanto a esquerda defende a quebra dos tabus sociais e dos preconceitos "enraizados" na nossa sociedade e a superação de regimes "atrasados", já outros defendem a ideia de que a direita preza pelo indivíduo enquanto a esquerda preza pelo coletivo, outros que a esquerda defende a subjetividade de absolutamente tudo, incluindo a não existência da verdade, da moral e de valores transcendentais e que a direita defende os direitos naturais, a moral e a Verdade como conceitos objetivos, universais e absolutos, enfim, são muitas as tentativas de definições, mas todas elas vão incorrer no mesmo erro, que é a incompletude e a insuficiência em tentar simplificar e definir posições políticas que vão abranger discussões econômicas, morais, sociais, filosóficas, biológicas e todas as áreas que se pode imaginar em apenas dois lados, alguns grupos ou movimentos políticos não podem ser definidos totalmente à esquerda, ou totalmente à direita, veja por exemplo, sociais democratas e liberais (woke) são altamente progressistas, mas defendem uma reforma contínua do capitalismo e da democracia, observe que ao mesmo tempo que apoiam a manutenção do capitalismo e do Status Quo, também apoiam as diversas pautas progressistas tão recorrentemente atribuídas à esquerda. Podemos observar isso propriamente na Revolução Francesa, a ideia de uma monarquia absolutista já é por si só uma deturpação da monarquia feudal do medievo, os que defendiam então o antigo modelo monárquico feudal estariam em que espectro naquele momento? Já que não defendiam o regime em vigor, tão pouco o apresentado pela esquerda revolucionária. Outro ponto interessante é que com a dissolução da Assembleia dos Estados Gerais, outra assembleia é erigida, a chamada Assembleia Nacional Constituinte, que dividia as posições marginalmente da mesma maneira, mas que com a sua também dissolução, foi substituída pela Assembleia Nacional Legislativa, que veja só, agora os que se sentavam à direita na assembleia já eram revolucionários! Apenas moderados, mas adeptos da revolução, esses eram chamados de girondinos, já os da esquerda defendiam o avanço da revolução e a radicalidade da mesma, esses eram os jacobinos, veja, em um espaço curtíssimo de tempo, a antiga "direita" foi totalmente retirada do jogo político e substituída por uma direita que anteriormente fazia parte justamente da esquerda, confuso, não? E perceba, onde estaria a antiga "direita" defensora do Antigo Regime? Ao lado de defensores moderados da revolução? É evidente que não, a "direita" anterior foi simplesmente extinta da discussão política vigente à época. É justamente isso que ocorre desde a fundação dessa dicotomia simplória, a antiga esquerda se dividiria em moderada, que se tornaria a nova direita "fundamentalista", e a porção mais radical continuaria com o avanço da revolução, já a antiga direita seria totalmente apagada do cenário político nacional. Esse movimento é comumente chamado de "Janela de Overton", onde certas ideias são toleradas em determinado momento histórico, então a janela se move, e alguns discursos e ideias não são mais tolerados, historicamente é evidente que a janela se moveu totalmente para a esquerda, no constante processo que mencionei acima, a esquerda moderada se tornando a nova direita e apagando completamente as posições e ideias da antiga "direita".

A conclusão já mencionada é de que os termos "direita" e "esquerda" deveriam ser somente aplicados ao contexto das assembleias constituídas no período anterior à Revolução Francesa e durante o acontecimento da mesma. Ainda sim alguns podem questionar essa mesma conclusão, levantando a ideia de que existem posições chamadas de centro-direita ou centro-esquerda, e que também existem obviamente os extremos das duas posições, ou seja, insuficiências e supostas contradições podem ser respondidas posicionando esses movimentos e ideologias em pontos mais moderados ou mais radicais nessa grande linha entre direita e esquerda, bom, basta entender o seguinte, é impossível alocar num mesmo bloco posições diametralmente opostas, por exemplo, como reacionários e liberais econômicos podem ser alocados num mesmo bloco, chamado de "direita"? Liberais econômicos são de uma direita "moderada", enquanto reacionários são de uma direita radical ou extremista? Obviamente não, são movimentos simplesmente antagônicos e que não tem quaisquer pontos de interseção, talvez alguns pouquíssimos pontos periféricos, mas até aí, qualquer movimento, mesmo a chamada extrema esquerda ou a chamada extrema direita, podem ter pontos de concordância ou interseção, e veja só, NÃO estão no mesmo espectro, exatamente por defenderem visões de mundo absolutamente opostas, o mesmo acontece com os sociais democratas ou liberais progressistas, que evidentemente não podem compartilhar o mesmo bloco que stalinistas ou marxistas radicais pelos mesmos motivos citados anteriormente. Existem ideologias e movimentos totalmente alheios às concepções do debate político ordinário, e são muito esclarecedoras quanto ao problema desse dicotómico espectro político, em especial há um caso interessante, outros movimentos também poderiam ser exemplificados como totalmente fora da concepção de esquerda e direita, mas nenhum é tão conhecido e ao mesmo tempo tão esclarecedor como o nacional socialismo e suas numerosas vertentes.

Antes de falar do movimento em questão, que é o strasserismo, primeiro é preciso entender que o próprio nacional socialismo está acima (como eles mesmos se intitulam) do espectro político ordinário, os arcabouços da ideologia vão remontar a ideia dos movimentos Völkisch, que deram as bases para todo o pangermanismo presente nas bases NS, cujos elementos unitivos seriam suas origens étnicas e religiosas, que são evidentemente as religiões "tradicionais" germânicas pagãs, portanto, o movimento nasceu de uma cosmovisão pagã com fortes influências gnósticas e esotéricas. A seita que mais representa a unidade do pensamento que originou o nacional socialismo alemão e que justamente foi o que deu origem ao partido, ainda naquela época formado como DAP (Deutsche Arbeiterpartei ou Partido dos Trabalhadores Alemães) foi a Sociedade Thule, de lá saíram Dietrich Eckart e Karl Harren, que foram os grandes expoentes do partido no início, juntamente com Drexler e Feder. As bases filosóficas, religiosas e políticas do nacional socialismo alemão são muito complexas e profundas, renderiam um grande artigo sobre, portanto, para fins práticos neste artigo, é necessário entender apenas a natureza das ideias, e como elas ultrapassam o simplismo político ordinário. A maioria das pessoas enxerga o nazismo como um movimento da chamada "extrema direita", veja, com apenas essas informações já é possível compreender que a ideologia vai muito além dessas definições simplórias.

Agora, voltando ao strasserismo, a corrente surge depois de uma série de desavenças internas no partido que são extensas e remontam desde a origem do mesmo, uma das figuras que mais criou cisão interna foi Otto Strasser e em menor escala seu irmão, Gregor Strasser. Ambos os irmãos apoiavam uma concepção de ruptura radical e precoce com o capitalismo, sem uma tentativa de modelo transitório, Otto saiu do partido em 31 e fundou a Kampfgemeinschaft Revolutionärer Nationalsozialisten ou Liga de Combate dos Nacional-Socialistas Revolucionários, Gregor decidiu por não seguir com o irmão mas futuramente rompeu também com o NSDAP e foi morto na Noite das Facas Longas em 1934, quando as SS extinguiram antigas lideranças nacionais socialistas que representavam alas contrárias à corrente hitlerista, matando todos, inclusive destruindo a SA (Sturmabteilung ou Batalhão de Assalto, milícia paramilitar que antecedeu as SS), cujo líder, Ernst Rohm, era um homossexual público e mais alinhado com os discursos de Otto e Gregor. No caso, ele também foi assassinado no evento, o caso de Rohm é mais uma demonstração de que movimentos e ideologias são muito mais complexos do que se imagina pelas massas lobotomizadas, afinal, a maioria dos nacional socialistas condenavam o homossexualismo, e Rohm, assumindo sua homossexualidade publicamente estava politizando a mesma, demonstrando uma suposta compatibilidade entre sua "sexualidade" e sua ideologia.

Bom, com toda essa elucidação, aos que defendem a dicotomia do atual espectro político, faço a pergunta, onde estaria o strasserismo e figuras como Otto e Gregor nessa grande linha entre direita e esquerda? Um movimento nacionalista branco, profundamente anti-capitalista, sendo ainda mais radical nessa concepção do que a ala que saiu vitoriosa no NSDAP, mais do que isso, que ainda cultivava os mesmos ideários pagãos dos movimentos Völkisch, estaria na extrema esquerda? Ou na extrema direita? Não resta dúvidas em dizer que não se encaixaria em quaisquer das atuais definições, nem à extrema esquerda, nem à extrema direita, obviamente os pseudo intelectuais afirmam que o strasserismo é uma ideologia de extrema direita, ora, é visível a influência marxista no movimento, inclusive, a bandeira do Fronte Negro (a imagem está acima) é evidentemente inspirada na foice e no martelo, com a foice sendo substituída pela espada, simbolizando que a revolução não deveria vir do mero camponês, cujo símbolo é representado pela foice nas bandeiras marxistas, mas sim por uma classe guerreira e militarizada, que é representada pela espada, além de todos os outros motivos citados anteriormente, que inclusive explicam, resumidamente, a razão do nacional socialismo também não ser um movimento da extrema direita, nem da extrema esquerda. É notório à qualquer um com um pouco de honestidade intelectual, que não é possível definir movimentos dessa natureza de maneira simplória, como os próprios arquitetos alicerçadores do strasserismo e do nacional socialismo afirmam, eles não estão no ordinário espectro político e jamais estarão.

A conclusão é que a melhor maneirar de referenciar movimentos e ideologias é justamente utilizando os nomes que são cunhados para identificá-los, e não tentando alocar os mesmos na esquerda ou na direita de maneira rasa, por exemplo, ao falar de liberalismo econômico, simplesmente se refira ao movimento citando o nome dado a ele, análises mais profundas podem alocar alguns grupos em blocos, mas essa tentativa requer um conhecimento altamente aprofundado dos movimentos que serão alocados, não sendo honesto se utilizar dessa retórica nas discussões rotineiras, portanto, prefira pela opção mencionada, cite apenas o nome da respectiva ideologia ou do respectivo movimento/corrente política, essa é a melhor maneira de discutir acerca de ideologias com o mínimo de honestidade intelectual.
Depois de entender a incompletude dos termos direita e esquerda, e concluindo que estas mesmas rasas definições devem ser abandonadas, precisa-se entender os problemas relacionados as correntes políticas mais populares que vigoram nos dias atuais especialmente no Brasil, neste caso o neoconservadorismo, o liberalismo e o marxismo, e com honestidade diagnosticar quais são os erros de cada posição, definindo então se são posições válidas ou não para um católico verdadeiramente alinhado à Tradição, que busca a realeza de Cristo e a vitória da Verdade. Esse será o objetivo central desse artigo, analisar de maneira breve os principais erros dessas correntes políticas modernas e ao final concluir qual é a solução política para o Brasil e qual corrente devemos seguir,algumas correntes que se desenvolvem a partir das ideias destas já mencionadas não necessitam de avaliação, como o progressismo, já que por natureza visível e latente à qualquer católico, se prova totalmente satânico.
O Neoconservadorismo

A corrente que será analisada primeiro é o chamado neoconservadorismo, talvez a mais perigosa, não somente pelas suas pautas defendidas, mas por ser uma oposição controlada, portanto, um inimigo silencioso, que causa à longo prazo o mesmo destino de outras ideologias anti católicas, afinal, os próprios adeptos do neoconservadorismo se dizem liberais na economia e conservadores nos costumes, uma frase absurdamente sem sentido e geralmente proferida por indivíduos de baixíssima capacidade intelectual, que não ironicamente absorvem diversos aspectos filosóficos do liberalismo, como por exemplo, a ideia de um Estado laico. Hoje no Brasil, o neoconservadorismo é especialmente encabeçado pela figura do ex presidente Jair Bolsonaro, figura essa que é vista com bons olhos por muitos católicos, que o enxergam como um defensor da família, dos bons "valores", da moral e etc, infelizmente eles não poderiam estar mais enganados, veja, o neoconservadorismo não defende pautas tão nefastas como as das agendas progressistas e woke, pelo menos não faz isso abertamente, mas ao mesmo tempo introduz uma série de erros políticos, religiosos e filosóficos na cabeça de seus adeptos e na sociedade que os ouve como um todo.
Esses erros promovidos pelo neoconservadorismo tendem ao mesmo caminho de subjetividade moral da chamada "esquerda" progressista, mais do que isso, neoconservadores não defendem de maneira irredutível a Verdade, assumem sempre argumentações pragmáticas e não combatem corretamente as mentiras progressistas e modernistas, muito pelo contrário, aderem à muitos princípios dos mesmos progressistas no campo filosófico e argumentativo, e é justamente por isso que considero a mais perigosa "ideologia" vigente. Liberais, progressistas, sociais democratas e marxistas são facilmente identificáveis, defendem uma visão de mundo abruptamente escandalosa e satânica, já neoconservadores, totalmente calcados nas suas origens norte americanas, defendem um materialismo sedutor mesclado à um "cristianismo cultural", ao mesmo passo que nos discursos atacam o progressismo, mas na realidade prática pouco fazem para combate-lo, e mais do que isso, em algumas ocasiões acabam promovendo as mesmas pautas nefastas, porém adotando posições mais moderadas com o intuito de não serem acusados de por exemplo; reacionarismo ou intolerância religiosa, homofobia, transfobia e por aí vai. Na verdade, acusam tradicionalistas/reacionários dos mesmos rótulos utilizados pelos setores progressistas, tentando se desvincular do tradicionalismo, que visa única e exclusivamente a defesa absoluta da Verdade, e não um horizonte pragmático e conciliador com o erro e a mentira, não importando as consequências de defender de maneira absoluta a Verdade. Os exemplos de moderação na defesa da Verdade são extensos, como suas posições mais "moderadas" na luta contra o aborto, a sua defesa do laicismo de Estado, da falta de conceitos absolutos no que tange ao campo moral e ao direito natural, na concepção de que o Estado não pode limitar a promoção do erro pelo falso princípio da "liberdade", se fazem totalmente favoráveis à liberdade de expressão quase absoluta, possuem sua agenda econômica anti nacional e globalista e assim por diante.
Por todas essa razões fica claro o motivo do neoconservadorismo não ser compatível com a fé católica, no fim, neoconservadores tem por princípio mentiras compartilhadas por muitas ideologias da chamada "direita", da liberdade como fim em si mesma, da conservação do passado recente por apelo sentimental e nostálgico, e um certo teor conservador no que tange as "instituições" do Estado democrático, mas nunca, em hipótese alguma, defenderão a Verdade por ser a Verdade, muito pelo contrário, acusam e sempre irão acusar os que o fazem de estáticos reacionários, retrógrados e radicais extremistas, da mesma maneira que fazem os setores progressistas. Neoconservadores são portanto, inimigos da Igreja e da Verdade, e não se pode defender esse erro, nem se associar a grupos que o defendam, pelo contrário, faz se mister corrigir e criticar publicamente essa "ideologia" que contamina e seduz muitos católicos.
O Liberalismo

"Que é o Liberalismo? Na ordem das ideias é um conjunto de ideias falsas; na ordem dos fatos é um conjunto de fatos criminosos, consequência prática daquelas ideias. Na ordem das ideias o Liberalismo é o conjunto do que chamam princípios liberais com as consequências lógicas que deles se derivam. Princípios liberais são: a absoluta soberania do indivíduo com inteira independência de Deus e da sua autoridade; soberania da sociedade com absoluta independência do que não provenha dela mesma; soberania nacional, isto é, o direito do povo para legislar e governar-se com absoluta independência de todo o critério que não seja o da sua própria vontade expressa primeiro pelo sufrágio e depois pela maioria parlamentar; liberdade de pensamento sem limitação alguma em política, em moral ou em religião; liberdade de imprensa, igualmente absoluta ou insuficientemente limitada; liberdade de associação com igual latitude. Estes são os chamados princípios liberais no seu mais crú radicalismo."
-Liberalismo é pecado, Pe. Félix Sardá y Salvany
Somente com essa introdução esclarecedora retirada do livro "Liberalismo é pecado" do excelentíssimo padre Félix Sardá, poderíamos encerrar a discussão sobre o liberalismo, já que todos os pontos mencionados como "princípios liberais" já foram condenados por papas no passado, ainda sim é importante explicar algumas ramificações do liberalismo e mencionar essas condenações papais. O liberalismo é muito amplo, varia em posições que vão desde liberais sociais ou progressistas até aos chamados liberais da "direita", que geralmente são liberais econômicos, ambas possuem como fator comum a filosofia liberal, afinal, o liberalismo econômico já foi somente uma pauta liberal, e não um movimento único e independente. Em toda filosofia liberal há uma deturpação do conceito de liberdade individual e humana, desta concepção muitos erros foram inseridos na política e no Ocidente, especialmente por meio da Revolução Gloriosa e Francesa, ambas as revoluções foram eventos destruidores da aristocracia em seus respectivos países, sendo a aplicação prática dos ideias liberais, posteriormente foram eventos essenciais para o desenvolvimento e promoção do iluminismo. O que se sucedeu dessas revoluções e do desenvolvimento do liberalismo foi a destronação de Cristo e da Igreja no seu papel de guiar a civilização Ocidental (fruto este, da própria Igreja), o homem e todas as nações. Na encíclica "Libertas Praestantissimum" do papa Leão XIII, ele diz:
Tal é, acima de todas, a lei natural que está escrita e gravada no coração de cada homem, porque é a razão mesma do homem que lhe ordena a prática do bem e lhe interdiz o pecado. Mas esta prescrição da razão humana não poderia ter força de lei, se ela não fosse órgão e intérprete duma razão mais alta à qual o nosso espírito e a nossa liberdade devem obediência. Sendo, na verdade, a missão da lei impor deveres e atribuir direitos, a lei assenta completamente sobre a autoridade, isto é, sobre um poder verdadeiramente capaz de estabelecer esses deveres e definir esses direitos, capaz também de sancionar as suas ordens por castigos e recompensas; coisas todas que não poderiam evidentemente existir no homem, se ele desse a si próprio, como legislador supremo, a regra dos seus próprios atos. Disto se conclui, pois, que a lei natural outra coisa não é senão a lei eterna gravada nos seres dotados de razão, inclinando-os para o ato e o fim que lhes convenha; e este não é senão a razão eterna de Deus, Criador e Governador do mundo.
Fica claro que a correta noção da liberdade humana, ou seja, aquela exercida de maneira ordenada, é totalmente alinhada e subordinada à lei natural, nunca exercida de maneira anárquica, submetida a própria vontade, intelecto e razão do homem, que se julga soberano de si mesmo, acima da lei da natural e insubordinado à Deus.

Exorto à todos os católicos que façam a leitura completa da encíclica, já que trata objetivamente da liberdade humana sob a ótica católica, portanto, a Verdade. Além dela há outras duas encíclicas importantíssimas para o entendimento do erro do liberalismo, ambas do papa Pio IX, que são a Quanta Cura e a Syllabus, a leitura destas também é de grande contribuição para o entendimento dos erros promovidos pelo liberalismo, em especial a falsa noção de liberdade (todas as encíclicas mencionadas estarão disponíveis para download e leitura ao final do artigo).
O Marxismo

Não é tarefa fácil alocar todos os problemas do marxismo em uma simples e breve análise, o marxismo é uma uma ideologia complexa e recheada de ramos com interpretações divergentes entre si, geralmente passam mais tempo dialogando sobre seus erros praticados pelas experiências socialistas históricas do que de fato conjecturando alguma filosofia um pouco mais lógica e coerente, na verdade, grande parte dos "intelectuais" marxistas cada vez mais mesclam bizarrices ao materialismo dialético e criam mais subcategorias nefastas do chamado marxismo. Fato é que grande parte das bases filosóficas defendidas ou desenvolvidas por marxistas já foram condenadas por papas e são notoriamente contrárias ao catolicismo, porém, uma em específico possui um perigo mais latente do que as outras, o materialismo histórico marxista, e foco da análise será nela. A ideia de que toda a história humana pode ser reduzida à análise material excluindo completamente o direito natural e Deus dessa equação é totalmente satânica e anti católica, sendo impossível para um católico defender tamanho absurdo. Na encíclica "Divinis Redemptoris" do papa Pio XI, ele diz:
Ora, a doutrina que os comunistas em nossos dias espalham, proposta muitas vezes sob aparências capciosas e sedutoras, funda-se de fato nos princípios do materialismo chamado dialético e histórico, ensinado por Karl Marx, de que os teóricos do bolchevismo se gloriam de possuir a única interpretação genuína. Essa doutrina proclama que não há mais que uma só realidade universal, a matéria, formada por forças cegas e ocultas, que, através da sua evolução natural, se vai transformando em planta, em animal, em homem. Do mesmo modo, a sociedade humana, dizem, não é outra coisa mais do que uma aparência ou forma da matéria, que vai evolucionando, como fica dito, e por uma necessidade inelutável e um perpétuo conflito de forças, vai pendendo para a síntese final: uma sociedade sem classes. É, pois, evidente que neste sistema não há lugar sequer para a idéia de Deus; é evidente que entre espírito e matéria, entre alma e corpo não há diferença alguma; que a alma não sobrevive depois da morte, nem há outra vida depois desta. Além disso, os comunistas, insistindo no método dialético do seu materialismo, pretendem que o conflito, a que acima nos referimos, o qual levará a natureza à síntese final, pode ser acelerado pelos homens. É por isso que se esforçam por tornarem mais agudos os antagonismos que surgem entre as várias classes, da sociedade, porfiando porque a luta de classes, tão cheia, infelizmente, de ódios e de ruínas, tome o aspecto de uma guerra santa em prol do progresso da humanidade; e até mesmo, porque todas as barreiras que se opõem a essas sistemáticas violências, sejam completamente destruídas, como inimigas do gênero humano.
Toda filosofia guiada pelo materialismo é profundamente anti católica, já que reduz absolutamente toda análise humana possível ao aspecto material. O materialismo pode ser para os desavisados uma ideia aparentemente real e lógica, mas com pouco conhecimento filosófico já é possível entender que não há possibilidade de reduzir tudo à matéria, como bem posto por Platão na Teoria das Formas. Essa discussão filosófica não cabe ao artigo em questão, porém faz se necessário mencionar ao menos uma refutação clara ao materialismo, mesmo sendo evidente que aos católicos condenações papais já são suficientes para o entendimento do problema marxista. Cito de maneira mais incisiva:
Decreto contra o comunismo
DH 3865
Questão 1: É permitido aderir ao partido comunista ou favorecê-lo de alguma maneira?
Resposta: Não; o comunismo é de fato materialista e anticristão; embora declarem às vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de fato, quer pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo.
Questão 2: É permitido publicar, divulgar ou ler livros, revistas, jornais ou tratados que sustentam a doutrina e ação dos comunistas ou escrever neles?
Resposta: Não, pois são proibidos pelo próprio direito [cf. CIC, cân. 1399 [1917].
Questão 3: Fiéis cristãos que consciente e livremente fizerem o que está em 1 e 2, podem ser admitidos aos sacramentos?
Resposta: Não, segundo os princípios ordinários determinando a recusa dos sacramentos àqueles que não têm a disposição requerida.
Questão 4: Fiéis cristãos que professam a doutrina materialista e anticristã do comunismo, e, sobretudo os que a defendem ou propagam, incorrem pelo próprio fato, como apóstatas da fé católica, na excomunhão reservada de modo especial à Sé Apostólica?
Resposta: Sim.
Perguntas e Respostas (confirmadas pelo Papa Pio XII, a 30 de junho)
Se estabelece de maneira notória que o marxismo e todas as suas vertentes são terminantemente anti católicas, assim como toda ideologia que tenha como base o materialismo.
A Solução

Concluindo que todas as correntes mencionadas são incompatíveis com o catolicismo e com tantas outras correntes ideológicas, filosóficas e políticas circulando em nossa época, qual seria a solução para o Brasil e para todos os católicos no mundo, mais do que isso, qual é a corrente política mais coerente com o catolicismo? Bom, essa parece ser uma pergunta difícil de se responder, especialmente nos dias atuais com a crise que vivemos, porém a resposta é bem clara e objetiva, o único caminho é o reacionarismo e a contra revolução, o autor deste artigo escolheu essa bela pintura com um intuito especial, na opinião de quem vos escreve a Guerra da Vendeia foi um dos maiores exemplos do que é a verdadeira defesa do catolicismo e da Tradição em tempos de revolução, a que não faz concessões ao erro e que não cede e negocia com o mau, muito pelo contrário, o combate arduamente mesmo com poucas chances de vitória e age com o horizonte de atuação fixo na Tradição, para aqueles que não conhecem o conflito, a Guerra da Vendeia foi um movimento de contra revolução monarquista no contexto da Revolução Francesa, eram formados por camponeses, por nobres e pelo clero, a Vendeia começa no ano 1793 e é separada em vários estágios do conflito, no fim, lutaram bravamente pela Tradição, por Deus, pela pátria e pelo rei, todos os famosos líderes Vendeanos foram mortos em combate ou condenados à pena de morte, a derrota aconteceu em vida terrena, mas o verdadeiro galardão desses bravos homens e mulheres estará no paraíso. Há uma característica interessante de se ressaltar no exemplo vendeano, muitos católicos hoje idealizam falsos tradicionalismos, que exaltam falsas religiões e glorificam a morte em combate, reduzindo esta como um fim em si mesma, quando na verdade o martírio e a morte em combate, que sim, é honrosa e gloriosa, é uma consequência de se levantar pela defesa da Verdade, mas nunca um fim em si mesma, um objetivo a ser alcançado e almejado a todo custo. Na Vendeia é possível enxergar exatamente qual é a verdadeira defesa da Tradição no campo político, religioso e bélico e por final, enxergar qual é a verdadeira glória da morte daqueles que tombam no combate e no martírio por Cristo, pela exaltação da Verdade, da Tradição, pelo combate à revolução, pela realeza e glória de Nosso Senhor e a intransigência na defesa destas coisas, essa é e deve ser a única motivação daqueles que entregam suas vidas pela Igreja e por Cristo, nunca por glória pessoal.

Há ainda outro grande exemplo recente, daquilo que mais se aproximou no século XX de um Estado e regime verdadeiramente católico e submetido à Tradição, a Áustria de Engelbert Dollfuss. Regime chamado de Ständestaat (Estado Corporativo) durou poucos anos, de 1934 até a data do Anschluss (1938), quando a Áustria foi anexada pelo III Reich. Dollfuss guiou a Áustria a partir de encíclicas papais e do magistério da Igreja, utilizou amplamente como base a Rerum Novarum do papa Leão XIII no que tange ao corporativismo e ao tratamento com o trabalhador, e a Quadragesimo anno do papa Pio XI, que foi um aperfeiçoamento da Rerum Novarum em seu 40º aniversário e que tratou de vários pontos de ordem econômica, social e na atuação do Estado submetido à lei natural e a Igreja. Dollfuss foi assassinado em 1934 por nacional socialistas numa tentativa de golpe, viveu uma vida breve como líder da Áustria, mas não cedeu ao erro, promoveu a Tradição e os ensinamentos da Igreja e estabeleceu um Estado verdadeiramente católico em pleno século XX. Foi substituído por Starhemberg em 1934, em 1936 Starhemberg renunciou ao cargo por medo das constantes retaliações nacional socialistas que aconteciam desde o banimento do partido NS austríaco por Dollfuss, e foi substituído então por Kurt Schuschnigg, que permaneceu como líder da Áustria até o maldito Anschluss.


Já o Brasil, como bem representado pelo nosso grupo, a Legião Anchieta, possui uma raiz monárquica pujante, a monarquia sem sombra de dúvidas é o regime mais estável dentre todos os outros, um Estado como o implementado por Dollfuss poderia ser um regime transitório para a monarquia por exemplo, já que como mencionado, a monarquia tende muito mais a estabilidade do que qualquer outro regime. Nossa tradição política é monárquica, ainda que o regime monárquico como experiência histórica brasileira não seja exatamente o mesmo modelo que defendemos, que no caso é a monarquia tradicional católica, portanto, defendemos o aperfeiçoamento de nossa tradição política do passado, centrada totalmente na figura de Nosso Senhor e no magistério autêntico de nossa Santa Igreja, não as heresias modernas, não ao que se propôs no Concílio Vaticano II e posteriormente à ele, veja, não há defesa do Estado confessional e da verdadeira Tradição se não houver antes uma defesa da Tradição católica de fato, tudo isso foi deixado para trás com as alterações e a inserção modernista do Concílio. O verdadeiro tradicionalismo nada mais é do que a aplicação no campo político da Tradição católica, nada mais e nada menos, portanto, que viva Cristo Rei, que viva a liturgia tradicional, que viva a autêntica Tradição da Igreja. Concluo então que o ÚNICO caminho político para todo católico é a defesa do reacionarismo e da contra revolução, contra todas as revoluções que assolaram nosso mundo.

Rezemos a oração a São Pio X:
Oração a São Pio X
“Ó Deus, que destes a São Pio X a graça de governar vossa Igreja com sabedoria, amor e verdade, dai também a nós, por sua intercessão, a graça de sabermos governar nossas vidas, nossas famílias, nossos empreendimentos, para que o vosso nome seja sempre mais glorificado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São Pio X, rogai por nós.”
"Ó Deus, que para defender a fé católica e restaurar todas as coisas em Cristo, cumulastes o papa São Pio X de sabedoria divina e coragem apostólica, fazei-nos alcançar o prêmio eterno, dóceis às suas instruções e seus exemplos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. São Pio X, rogai por nós."
"Ó Santo Pontífice, fiel servo do Senhor, fiel e humilde discípulo do divino Mestre. Na dor e na alegria, nos trabalhos e nas solicitudes, experimentado pastor do rebanho de Cristo, volvei o vosso olhar sobre nós. ,Árduos são os tempos em que vivemos. Duras as fadigas que de nós exigem. A Esposa de Cristo, confiada aos vossos cuidados, está de novo em angústias terríveis. Os vossos filhos se veem ameaçados por inúmeros perigos na alma e no corpo. O espírito do mundo, qual leão enfurecido, rodeia-nos buscando a quem devorar. Não poucos caem nas suas garras. Têm olhos e não veem. Têm ouvidos e não ouvem. Fecham os olhos à luz da eterna verdade, preferindo dar ouvidos às vozes que insinuam mensagens enganadoras. Vós que fostes na terra grande animador e guia do povo de Deus, sede auxílio e intercessor nosso e de todos os que se professam seguidores de Cristo. Vós, cujo coração se rompeu quando o mundo se precipitou em sanguinolenta luta, socorrei a humanidade, a cristandade, exposta presentemente a semelhantes abalos. Obtende-nos da misericórdia divina o dom da paz duradoura e, como aproximação, o retorno dos espíritos àquele sentido de fraternidade, que somente pode dar aos homens e as nações a justiça e a concórdia desejadas por Deus. Assim seja."
São Pio X e São Miguel Arcanjo, rogai por nós.
