Introdução ao Corporativismo Católico

O presente artigo busca versar introdutoriamente aos leitores sobre uma das teorias políticas e econômicas mais debatidas entre o ambiente católico, que se for bem ordenada ao seu fim, pode servir perfeitamente à Cristo Rei. O caráter é senão demonstrativo e posteriormente crítico,mostrando de fato os êxitos prodigiosos visíveis dos Estados e ideias corporativas sãs, e sobretudo, por uma discussão de ideia de um corporativismo católico brasileiro.
Dito isso, temos senão o intuito de apresentação de um conteúdo importante para a vida intelectual de um tradicionalista político católico quanto às ideias de corporativismo que atenda de fato às necessidades e a conciliação de classes e que sirva para o bem viver populacional e para o fim secundário da sociedade política: o bem-estar para se alcançar o principal: Cristo.
• Corporativismo
Em seu dicionário da política, Galvão de Souza lança a definição do corporativismo para termos modernos e uma breve introdução do que se tratava:
"Foi no século XIX que se elaborou uma doutrina corporativista. Contrapondo-se ao liberalismo da Revolução Francesa,que desagregam as estruturas sociais, e ao socialismo, que se lhe opunha, mas fazia avançar o processo revolucionário, pensadores e homens de ação católicos - entre os quais La Tour du Pin (1831-1924) e Albert de Mun (1861-de maio de 1930, esta última acentuando a importância da restauração da ordem corporativa de toda a economia e definindo com precisão e clareza o princípio de subsidiariedade, que tem por pressuposto o reconhecimento dos grupos intermediários dotados de plena autonomia em face do Estado, ao qual deve caber uma função supletiva e auxiliar, longe de qualquer dirigismo centralizador e absorvente. Cumpre notar que nas agremiações corporativas profissionais da Idade Média, como também nos municípios e nas universidades, o poder político encontrava um freio, que o continha contra desmandosarbitrários. Municípios e corporações eram cidadelas das liberdades concretas, perdidas com a liberdade abstrata proclamada pela Revolução em textos constitucionais cuja inoperância foi logo testemunhada pela classe operária, reduzida, por uma livre concorrência que só favorece aos mais fortes, à condição quase servil do proletariado do século XIX. " "Daí a concepção da soberania social, exercida por esses grupos e limitando a soberania política do Estado, concepção essa que, no pensamento de Vázquez de Mella (1861- 1928), vem coroar a doutrina do corporativismo".
Então, podemos compreender o corporativismo, em seu sentido claramente tradicional da palavra, aqui falaremos de um novo sistema para a restauração de uma ordem que jazia pedida na europa e no mundo com o fim das corporações de ofício e o liberalismo, focando a economia não no indivíduo desregrado, mas nos corpos sociais e como a produção deveria ser regida, conforme vamos explicar aprofundadamente nos próximos tópicos, não de uma espécie torpe de corporativismo de grandes empresas, que são o extremo contrário do que os economistas e políticos católicos de fato defendiam, contra as ideias idiotas de um certo filósofo neoconservador que afirma que o corporativismo do século XX ainda está em vigência no mundo, mas de forma diferente, onde o Estado americano usa de grandes corporações para o maior controle populacional, o que por si só é um absurdo, como demonstrarei falando do que realmente foi o verdadeiro corporativismo.
• Contexto do corporativismo
O corporativismo renasce de uma grave crise nas nações, que antes estavam desacreditadas, desunidas por ideologias perversas que atentavam contra Deus. E sim, ele renasce, não é uma ideia apriorística como o liberalismo e o socialismo marxista, pois ora, o homem já se deleitou fielmente à formas de organização profissional que garantiam um ofício para a sua dignização pessoal, e também o mútuo auxílio nas suas atividades sociais, fora também, o preço justo. Essa ideia de harmonia que foi instigada pelo clero no medievo renasceu de uma forma prodigiosa em países como Áustria, Portugal e Espanha, onde verdadeiramente o espírito Cristão Católico ordenava o Estado e a sua finalidade.
O corporativismo medieval ganhou uma influência notória quanto à organização de regimes nacionalistas nos anos 20-30, porém, ainda ganhou novos traços únicos. Lembremos que o modo de trabalhar mudou com os anos, principalmente com a maquinofatura, deixando de lado a decadente manufatura e as excelências que uma corporação de oficio possuia, para um modo de produção racionalizado, logo, a maneira de produzir deveria ser atualizada para suprir as novas demandas sociais e para a autossuficiência, e também para atacar as desigualdades calamitosas geradas pelo burguês e os perigos da inveja do trabalhador coligado em um sindicato de viés marxista.
O marco disso foi a Rerum Novarum de Leão XIII onde denunciava o marxismo torpe e a inveja do empregado para com seu chefe, por sua vez ganancioso, egoísta e liberal. A denúncia ia mais além, constata que o regime liberal acabou o que de fato unia o trabalho de forma ótima, que era o espiritualismo do Mestre da Corporação com o seu subordinado. Agora com as consequências do regime liberal, transformando eles em uma espécie de sujeitos antagônicos pela luta de classes do que Marx falava da briga pela Mais-Valia absoluta, a disparidade do que foi produzido e pelo o que o patrão pagava ao operário.
A solução de Sua Santidade foi magistral para sua época: a reconciliação das classes pelo espiritualismo e de modo secundário a melhoria do trabalho com leis trabalhistas.
O corporativismo floresceu em diversos países, alguns melhores que outros, sem dúvidas, gerando escolas econômicas competentes, principalmente na França(onde tudo se iniciou), e mais especificamente em Portugal, onde, de acordo com Gustavo Barroso, foi a melhor das experiências feitas no século XX. Dito isso, especificamos apenas essas duas de forma mais sucinta, e logo após falaremos sobre o caso brasileiro.
Vejamos agora quais as fontes e as escolas principais.
• As fontes do corporativismo francês
As fontes do corporativismo são variadas, tendo diversas escolas pela europa, das quais as na minha opinião, são as mais importantes para esse estudo:a francesa e a portuguesa, os motivos principais veremos adiante.
O corporativismo católico moderno nasce com Perin, figura importante, tendo o Papa inclusive prefaciado um livro seu, este mesmo sendo crítico ao corporativismo no medievo, tendo inclusive apoiado a Lei Chapelier por considerar que as outroras corporações medievais caducaram, mas ainda sim deve ter a nossa atenção e análise.
A principal fonte do seu corporativismo nasce senão da ideia de Caridade entre os homens; apenas a caridade conseguia efetivamente a cooperação entre as classes, onde o patrão e a associação de trabalhadores agiam juntos, por uma série de motivos, como manutenção do patrão ainda sim como figura proeminente da comunidade profissional, regendo com grande autonomia os seus negócios e ao mesmo tempo a associação que deve assegurar ao trabalhador os seus direitos. Podemos ver então que essa espécie de fórmula corporativa nasce senão da liberdade sob perspectiva católica, assim como a caridade Cristã.
Dito isso sobre Périn, podemos também dizer que além dele, o corporativismo na França teve outra figura proeminente do Conde La Tour du Pin, que ambos fazem parte do que eu chamo de escola Corporativa Francesa. O Conde em questão tem um pensamento bem mais radical e reformista, –com toda razão inclusive-, sendo que para um bom sistema corporativo a necessidade de uma reforma profunda, que advenha de todos os lados da sociedade civil, não bastando a mera ação diretiva do estado. Leiamos pois o que Du Pin nos tem a dizer:
"A restauração do regime corporativo se impõe com todas as reformas políticas e financeiras que ele implica. Se é necessário, portanto, será pueril dizer-se que deve ser espontâneo e facultativo... Não basta a indiferença do Poder Público para lhe dar sua função no Estado, pois não é a liberdade quem tem neste mundo referendo os abusos da força, mas a coação - onde a persuasão não basta. Indiscutivelmente a restauração da corporação não deverá ser obra exclusiva de decretos, porque não se decreta a existência daquilo que não tem vida. Prepara-se, no entanto, o renascimento das instituições por meio de estímulos; reconhecer-se-á em direito e fortalecer-se-á por meio de concessões, desde que ela apareça de fato…"
Que palavras claras! Ah se os católicos pudessem compreender que, a efetiva mudança do status econômico liberal só pode ser concretizado não com o estado sendo construtor da sociedade (coisa que sabemos que já terminou em atrocidades), mas deixar que o próprio homem espontaneamente queira integrar a sua associação e a sua corporação e efetivar as reformas no âmbito social.
Não obstante, o Conde trata inclusive de como um sindicato deve agir cristãmente, afirmando que os sindicatos não devem ser palcos de brigas ideológicas, onde há pseudos-tribunais, mas não, é um conjunto de homens onde o interesse profissional deve se sobrepor ao interesse imediatista de algum membro, tudo isso revestido pela docilidade do Evangelho, tendo as relações, até então, entre patrão e operário, antagonizadas pelo satânico marxismo, mudadas onde o patrão aceita e obedece os direitos do empregado, tudo isso não pela cultura filantrópica, mas com a intercessão, digo eu, pelo Sagrado Coração. Ou seja, podemos ver aqui que o princípio da autonomia das corporações e da união das classes era a ponta de lança de Du Pin.
Quanto a forma que o sindicato deveria ser organizada, Du Pin e tantos outros preconizavam a ideia do Sindicato e sua atuação . Mas antes, o que é um sindicato? O sindicato é senão o agrupamento de trabalhadores para defender a sua classe profissional, substancialmente é isso, mas acidentalmente, ou seja, as qualidades que esse sindicato poderia possuir, há uma divergência grande entre dois autores, como conde Du Pin, já citado e o conde De Mun. Focaremos senão na ideia de Du Pin, pois é a melhor e a mais popular.
Dado o insight do que seria o sindicato, Du Pin descreveu de como seria a melhor atuação dele para com a corporação. Poderemos definir o princípio de que o sindicato molda a corporação, ou seja, podemos afirmar que a corporação é senão o conjunto de sindicatos de uma mesma profissão. Sendo assim, o sindicato agrupa os trabalhadores de um mesmo ofício, reunindo numa entidade empregadores e empregados, ou seja, é uma reação de causa e efeito. Vale a pena ressaltar então que o estado seria essa união de corporações, que introduziria uma super-corporação que é o estado que vemos, e podemos deduzir desses fatos, que o estado para Du Pin, uma relação de baixo para cima,
Fundamentando-se nas liberdades das comunas, e como monarquista era, adotava o modelo de tripartição do estado: a politia na comuna, a aristocracia na província e a monarquia como ordenadora, claramente uma monarquia tradicional.
Infelizmente não pudemos ver todo o esquema corporativo francês de fato dar certo, por alguns motivos como as distorções que se teve com os anos, a maçonaria e grandes empresas minando o projeto, e por fim, a não volta da monarquia.

• As fontes do corporativismo português
O corporativismo de Doutor Salazar, foi nas palavras do gênio Gustavo Barroso, “é aquele que se apresenta como o menos empírico e o mais diretamente inspirado por uma doutrina mais clássica da condição humana” e também na atribuição religiosa reforça que “essa doutrina é mais adaptada aos fatos, mais cristã nas suas bases”, sendo inclusive, talvez o regime corporativo que menos usou da violência ou do poder estatal para mediar conflitos, sendo o corporativismo português um regime mais pacifico em seu auge glorioso na europa e no ultramar."
Quanto às suas fontes, o corporativismo salazarista se resume em um lento processo de reformas, que recebe duas fontes principais: a caridade cristã e o espírito foraleiro medieval luso. Exprime o que deu certo no passado para colher os bons frutos no futuro, e para isso soube calculadamente como fazer, inclusive acabando com seitas gnósticas e secretas e reinventando as novas corporações com o espírito medieval as guiando.
Quanto às suas influências, elas se demonstram com fortes espelhamentos das ideias de Charles Maurras e do integralismo luso (conforme falamos anteriormente), e de outros autores, concebe que a concepção católica social se manifestam:
Na Primaziado espiritual e do social sob o econômico com Salazar apregoado uma vez que ‘a “organização econômica deve ser inteiramente subordinada ao desenvolvimento moral, social e materialdo país” e nesse sentidodiz qual a real finalidade pelo qual o estado em suas ações, deve ir de forma simples: ao bem comum, mas não de forma imanente, mas de forma cristãmente.
Na intervenção normal do Estado que só deve ser exercida nos domínios social e econômico que teve na época que Portugal tinha um homem chamado Costa que agia de forma decente no principado do poder, e esse homem, chamado Costa Leite, dizia que a área econômica deveria ser dirigida não por homens isolados apenas cuidando do que é seu, mas por órgãos que deveriam representar seus interesses de produção. Assim sendo, o estado não deve meramente regular a forma que isso é feito, colocando agente do estado lá, um político ou um tecnocrata com a ideologia que ele quer, mas não, para assegurar e ajudar que aquilo de fato sejam protegidos e que não fiquem com dificuldades financeiras, e aqui vemos claramente o princípio da Subsidiariedade de Pio XI, de formaclara e expressa, e, continuando, que o estado seja apenas árbitro em deter o papel de árbitro supremo para defender a economia local e assegurar os interesses maiores da nação.
Salazar dizia bem, em um discurso seu de 1934: “É preciso dar ao Estado autoridade e força nesses domínios (social e econômico), sem que nenhumasociedade possa se manter nem prosperar”.
Limitação da intervenção do Estado, com o salazarismo dando mais liberdadeaos corpos intermediários do estado, as realizações do estado foram privadas, pela manutenção e o cultivo das reais liberdades como que “nenhum de nós - assegura Salazar - afirmou em Portugal a onipotência do Estado em face da massa humana em simples matéria de grandes realizações políticas; nenhum de nós a considerará como a própria fonte da moral e da justiça sem se derivar dos princípios da justiça superior; nenhum de nós ousou proclamar a supremacia de seus direitos sem considerar a consciência individual, para as legítimas liberdades dos cidadãos e para os fins que se impõem à personalidade humana.” Já quebrando um paradigma socialista de que o estado deve ser completamente onipresente nas realizações do povo, observando apenas os meios para se chegar a um fim, massacrando povos, privando as reais liberdades humanas e não tendo a verdadeira moral para atingir o bem comum.
A corporação é antes de tudo um grupo natural, que surge da mente criativa e social humana, sendo a família a principal desses grupos sociais, como expliquei no artigo Uma Teoria de Estado para Cristo Rei, mas há outros grupos sociais como a corporação. O liberalismo em sua torpe abstração crê no isolamento do indivíduo, de sua classe, de sua oficina, de sua família, fazendo um mero cidadão, tendo o estado apenas o dever em proteger seus abstratos direitos humanos no que vemos hoje como Estado Democratico de Direito, não mais a proteção da família, e dos entes sociais orgânicos, baseando o Interesse público agora no indivíduo, e não de como ele e sua corporação próspera. Mas isto está errado, o estado deve observar as reivindicações de interesses nas classes e das famílias para a manutenção de sua soberania.
O corporativismo português na prática:
O corporativismo português é um sistema moldável com os anos, com uma forte base moral e religiosa que se adequa perfeitamente à situação da sociedade lusa de seu tempo.
Criou-se centenas de sindicatos industriais e corporações que cuidavam de produtos elementares da economia portuguesa, como vinho, açúcar e de conservas tendo êxitos comprováveis. O governo não provocava as suas criações, deixava que os homens as mesmos edificarem, e o estadoas ajudava com o que pudesse. Porématé os anos 60 com a guerra do ultramar, esse modelo começou a entrar em frangalhos, mas ainda não sumiu completamente em Portugal.

• O corporativismo português nacional-sindicalista
O corporativismo português de Rolão Preto dava a pátria e a nação portuguesa 3 ferramentas necessárias para o fim da crise quando a monarquia voltar: a empresa, individual ou coletiva, a oficina e o sindicato; esses três são os pilares da monarquia, e essa deve reorganizar as relações de trabalho, harmonizando o país, como uma monarquia de fato faz na nação.
Para a validação dessas ideias, e a busca de um sustentáculo concreto, podemos dizer que há certos princípios como vamos enumerar, agora: o nacionalismo, a desigualdade concreta, a real liberdade humana e a solidariedade Cristã.
Nacionalismo: o contraste das ideias do nacional-sindicalismo português em sua época, entraram em conflito fortecontra os comunistas, anarquistas e sindicalistas revolucionários, onde Rolão Preto, defendendo uma bandeira importantíssima, que talvez ainda não era tão comum para um movimento que se dizia pro-trabalhador e tradicionalista: a valorização da nação e a defesa da pátria.
O cosmopolitismo revolucionário é por si só antinatural, nega que o homem é um ser engenhoso por si capaz de construir sua própria cultura e sua própria nação através deseus costumes e de sua língua, ao querer agrupar todos os homens numa mesma massa para conviver num mundo de conto de fadas. Oh meu Deus! Não há nada mais idiota que isso! É então mister considerar que o homem deve ter uma identidade única, sob o centro da teologia moral cristã, ao considerar que todos têm o dever de ter sua cultura e sua nacionalidade, no que o Nacional-Sindicalismo luso coloca no solidarismo moral! Mas como o nacionalismo é algo que se manifesta na realidade das coisas do hoje, então devemos ser nacionalistas, mas para que? Devemos senão ser para a defesa e o engrandecimento da pátria, contra ataques de nações estrangeiras cosmopolitas, ao tramar uma Nova Ordem Mundial, mas logicamente, contra os ataques de outras nações, com o xenofobismo e o espírito anti-caritacio contra o irmão.
Liberdade: o espírito liberal de nossos tempos inverteu o que Aristóteles já havia anunciado na Política, que a verdadeira liberdade só havia com a obediência do intelecto humano, onde filodoxos como Rousseau bostejam que o homem age apenas por mera vontade individual, colocando o instinto e o impulso sociável humano como apenas um desejo individual contra os ataques do mundo fora da ordem ao formar o que ele chamou de contrato social, acordo esse que o homem aliena certas liberdades para um possível bem-estar, mas o homem ainda precisa ter mais liberdade para a sua natureza originária. Compreendemos então a famosa frase “o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe”. Senhores leitores, vemos aqui uma quimera, um erro filosófico que é um estorvo, onde vê o instinto social-humano apenas do ponto de vista natural e abstrato e não um instinto são de sociabilidade que o homem de fato não nasce livre, mas se não nasce em uma pequena mas importante sociedade política que é a família que deve trabalhar e se sustentar.
A liberdade então para esta doutrina política, é senão de acordo com a ordem do intelecto em sempre buscar o bem, contra os erros e horrores de uma liberdade abstrata que o estado deve se comprometer a defender. Mas então, qual a verdadeira liberdade que o estado deve defender? Ora, é senão as liberdades nos municípios, que são organicamente o agrupamento de famílias e de corporações, onde o povo se organiza buscando o bem comum em sua comunidade política.
Desigualdades concretas: as mentiras de Rousseau continuam, e então para fundamentar sua ideia de democracia, onde todos devem votar, ele explica que todos os homens são por si só iguais, não admitindo que se surja hierarquias naturais como acontecia na europa monárquica, onde segundo ele cessaria abusos do poder monárquico. Ora, isso não passa de uma mentira. Alberto de Monsaraz, em seu livro Cartilha do Operário, diz de desde a família há uma hierarquia orgânica entre filhos, onde os filhos podem ser diferentes em qualidadede honra, ou então a predominância naturalmasculina na economiada casa, que os revolucionários querem destruir. Então podemos ver que desigualdades naturais (não artificiais) não são naturalmente ruins, mas necessárias.
Solidariedade cristã: a solidariedade cristã entra em um contraponto absoluto contra a fraternidade filantrópica do triângulo liberal (liberdade, igualdade e fraternidade), como já foi demonstrado aqui, e então, Rolão Preto recorre senão ao evangelho para a salvação de uma nação que jazia perdida, defendendo então que os valores do lavoro devem estar centrados na solidariedade cristã, e não obstante, a solidariedade Cristão deve agrupar papel predominante, tendo pela caridade pelopróximo o seu maior foco, contra a degeneração do povo, a prostituição das mulheres, o abandono de idosos e a boa educação das crianças, e tudo isso contra a ideia de moral relativizada da formula do liberalismo onde “sua liberdade termina quando começa a liberdade de outrem”, que Herbert Spencer já ensinava erradamente.
A proposta de organização profissional do Nacional-sindicalismo:
Como havia dito, a única salvação da Nação portuguesa era senão a volta de uma monarquia tradicional, que deveria harmonizar a empresa, oficina e o sindicato, não tratando ela como um regime puramente obsoleto, mas como um que respeita os reais anseios da res publica eassim, tira do passado as soluções do presente para colher os frutos do futuro.
A proposta organizacional do trabalho se dá em 3 eixos: a empresa, a oficina e o sindicato que devem estar em uma certa união para a conciliação.
1- A empresa
A empresa é, senão, a união de uma ou mais pessoas que exploram economicamente qualquer ramo de produção, que tem dois fins, um secundário que é obviamente o lucro, mas também tem o principal motivo da satisfação econômica para o homem ter bens necessários para a vida. Sendo a empresa ter mais de uma pessoa, o empresário pode ter lucros sobre isso, mas não pode ferir o principal fim daquilo que ele dirige, que é a manutenção do bem-estar da massa trabalhadora, então o empresário deve respeitar seu valor humano compensando frequentemente o trabalhador com bons salários e demais direitos que são necessários, mas não significa que o lucro não possa existir, mas ele deve estar ordenado a demandas para a melhoria da fábrica, fiscalizado pelos sindicatos patronais e dos operários.
Assim sendo, o trabalhador num estado corporativo, ao invés de trabalhar sozinho, sem muitos meios de produzir mais e melhor, ele pode se associar com outros trabalhadores, e formar uma empresa, de por exemplo, pescados, onde a produção é regida pelos próprios trabalhadores, e essa empresa se compromete com a produção e esta ação é de fato fabulosa, posta ao serviço da inteligência do empregador que deve comandar a empresa. Todos ganham com isso.
O que infelizmente ocorre é o acordo entre gigantes, competições desnecessárias e abusos de poder nas empresas, onde elas abusam do trabalhador, com o falso sonho liberalde “um dia estar na mesma posição de patrão”. Como acabar com isso então? A organização laboral deve se não ter uma organização coesa para apresentar suas demandas, mas não como ocorre atualmente, onde o sindicato vira organização política de partidos do poder, mas se não, devem apresentar medidas que melhorem a vida laboral com legislações benéficas ao trabalhador e se interferindo nos assuntos como a subidade um novo CEO no comando, fazendo assim uma verdadeira participação popular, e de forma saudável.
2- A oficina
A monarquia é de conhecimento geral como a única forma ótima de governo que consegue se manter ordenada por muito mais tempo, isso foi ensinado desde Aristóteles, e assim sendo, em uma monarquia de fato tradicional, o trabalho também seria harmonizado, começando pela hierarquia pelo restabelecimento de graus patronais, começando pelos aprendizes, aqueles que estão começando o trabalho, o operário e seus respectivos mestres ou como podemos falar hoje, o gerente que ordena a empresa ou o próprio dono. Podemos nos ater aqui que o trabalhos dos aprendizes não devem ser explorados e nem ser concorrido com aqueles que estão acima da escala trabalhadora, sendo os primeiros os preferidos porque muitas das vezes são inocentes e ganham menos, e então trabalham de forma despreparada e ainda sim com a exploração, pois seus salários são raquíticos e não corresponde pelo o que tanto trabalham.
Essa organização é senão necessária, com a divinização do trabalho, que permite assim, a a perfeição do lavoro, com a familiarização daqueles que trabalham ali, com uma hierarquia que respeite o homem em seus valores ditos pelo Criador, advinda diretamente da inteligência humana dentro das associações de trabalhadores, quando o vírus vermelho estiver sido derrotado, com o sindicato orgânico e católico ajudando de forma substancial na organização do trabalho.
O sindicato orgânicono Nacional Sindicalismo
Quando o operariado estiver devidamente organizado, em um estágio que já deva ter saído do prematuro, ele pode ganhar a liberdade em interferir na administração pública e na administração da empresa, para melhor defender sua classe e defender suas regalias, mas como isso seria dito? A monarquia é quem vai harmonizar essas agremiações trabalhistas para a vida pública, como havia em Portugal e no Brasil na chamada Casa dos 24. A monarquia tradicional em abstrato deveria acabar com o sufrágio individual humano, pois seria a maior causa do fracasso liberal, já que como sabemos, vê o povo reunido em apenas números como uma massa amorfa, tendo como princípio escolher apenas dois idiotas para governar uma nação diversa. Então seria substituído pelo o que o Professor Ricardo Dip chamou de sufrágio corporativo e também os votos das famílias, onde o Pater Familias deveria apoiar um candidato para defender o interesse daquela célula.
No Nacional-sindicalismo, há uma abominação por partidos políticos (e com muita razão) pois os partidos estão mais ligados apenas a interesses de políticos que do próprio povo, pensando nisso, seria melhor abolir os partidos políticos, e reimaginar o mandato imperativo, onde cada classe deve eleger um representante seu para a sua defesa. Por exemplo, uma corporação de produção vinho, quando chega o período de eleição, ao invés de buscar um político aliado para defender sua corporação na câmara dos vereadores, eles elegem um mandatário e este vai defender melhoria na produção e isenção de impostos para que aquele corpo social possa melhorar, e tudo isso poder-se-á ser feito dentro dos limites da administração municipal, onde as coisas de fato devem ser resolvidas.
Quanto a defesa do trabalho a nível nacional, poderia haver uma assembleia nacional reunindo os delegados eleitos organicamente pelos trabalhadores a fim de ser um órgão consultivo de novas leis trabalhistas, mas não legislando, podendo então ser um órgão de controle limitado, se libertando de grandes sindicalistas e políticos populistas que mais fazem atrapalhar o povo e entregando as rédeas da legislatura ao rei ou as câmaras municipais e regionais, que são institutos orgânicos por natureza.
O corporativismo nacional-sindicalista portuguesna pratica:
Infelizmente não houve a restauração da monarquia tradicional em Portugal, seja porque a providência assim não quis, seja pelas brigas de poder que haviam no Estado Novo
português, mas ainda sim, não deixa de ser uma teoria importante e rica em detalhes sobre o corporativismo.

• Corporativismo monárquico brasileiro patrianovista
No antro da Ação Patrianovista Brasileira surgida em 1928, uma camada de intelectuais católicos, tais como o próprio Veiga dos Santos, José Pedro Galvão de Souza, seu amigo; Manoel Lubambo, o recifense, Ataliba Nogueira, um dos juristas de maior renome e Antonio Paim Vieira, artista e sobretudo pensador de um corporativismo nacional e católico, onde estudavam e debatiam, dando uma proposta de como fazer um sistema de produção que seja eficaz e ao mesmo tempo, seja justo para a dignidade do homem.
Veiga dos Santose suas influências nas encíclicas papais
Em seu livro Para a Ordem Nova de 1933, Arlindo primeiramente trata do individualismo liberal e suas consequências, e para o remédio da sociedade em que ele vê nas clássicas encíclicas papais -Arcanum Diuturnum, immortale Dei, Sapientiae Christianae, Quod apostolici Muneris,Libertas, Aeterni Patris,Rerum Novarum- como de fato as soluções para o problema do socialismo e do liberalismo, seja se tratando de forma intelectual, moral e sociológica e inspira para o Patrianovismo a necessidade de uma ordem nova, e no âmbito econômico, essa nova ordem seria ditada pelo corporativismo para o bem comum, fim secundário de toda comunidade política.
• Justiça Social e Caridade
Nessa Ordem Nova, Arlindo propõe, influenciado por Leão XIII, o fim do sonho liberal: reconstrução do trabalho corporativo e da defesa do trabalhador, assim sendo, acabando com a lei da oferta e da procura, já que o trabalho seria organizado pelos próprios trabalhadores em conjunto, estes não em conjunto pela categoria no mercado de trabalho, mas pela função social que ele ali representa, logo o principal interesse que na sociedade capitalista é o lucro, na sociedade corporativista, é genuinamente o interesse comum de todos ali integrados para a sua defesa mútua, fora também o fim da livre concorrência liberal, em abertura da caridade e a solidariedade cristã.• A economia de um estadonacional
O despotismo econômico gerado pelo liberalismo, o grande burguês é não só dono do dinheiro que ali circula, bem como também senhores absolutos do crédito, manipulando o mercado interno, seja por bancos e grandes empresas,para garantir mais dinheiro nas suas costas. Nesse contexto então, o estado deve se impor presente, não mais ser vista como uma prostituta que aceita o laissez-faire e é submissa a ele, mas não, primeiro, o estado não deve perder sua predominância contra as grandes corporações bem como zelar pelas duas faces do trabalho,o fator social e econômicoe acima de tudo, suas instituições devem estar inclinadas ao bem comum. Logo, a ilusão liberal de que é cada um por si próprio, não existe para a concepção patrianovista, acreditando que o trabalho pode ser melhor produzido, em uma localidade por exemplo, por associações e cooperativas exercendo o monopólio ou não dos sistemas produtivos daquela localidade.
• A organicidade produtiva na monarquia patrianovista
A organicidade desse corporativismo se dá pela poliformia nacional -variação considerável da política e geografia do Brasil-, onde somos um país claramente continental em sua forma, podendo abarcar então diversas atividades econômicas e políticas, com as bases para a recuperação do municipalismo de outrora, e ainda um caráter de justiça social contra o liberalismo reinante, assim sendo, em cada parte do Brasil haverá a produção coesa de acordo com sua geografia, e isso deve atender aos interesses primariamente nacionais, como o fim da miséria e da fome, mas não de forma puramente artificial como os socialistas do nosso tempo querem, com políticas mal fadadas de assistencialismo e intervenção na economia, mas com o trabalho autogerido ou com a conciliação entre as classes.
Assim sendo, a práxis econômica corporativista não obedece nem o sistema capitalista, nem tampouco o sistema socialista, em vez disso utiliza os meios nacionais para resolver problemas puramente nacionais; como por exemplo posso citar aqui o fomento do mercado interno usando tecnologia estrangeira como fez o Japão na era meiji para o desenvolvimento nacional com indústria e burguesia do nosso sangue é um ponto preconizado pelo Arlindo, sendo favorável a pontos como a redução da imigração, desenvolvimento da agricultura através da nacionalização do empregado e novas táticas de melhoria no lavoro, e esse primeiro ponto é importante, pois a nacionalização do empregado seja brasileiro ou estrangeiro para que ele tenha ideia, introduzindo o método de trabalho autogerido pelos próprios trabalhadores, principalmente no âmbito regional e municipal para que possa haver primeiro uma autossuficiência em alimentos, fora também a introdução de sistemas financeiros como bancos agrícolas, dão aos trabalhadores a ideia de que todos ali participam produtivamente para a melhoria da coletividade nacional, cuidando de sua gente e de um país inteiramente monárquico, sendo seu Imperador o líder secular máximo onde cada homem busca como um pai.
A estrutura na organização corporativa no patrianovismo
Antonio Paim Vieira, célebre artista e membro da AIPB em seu livro Organização Profissional,ao tratar da organização profissional patrianovista trata de forma extremamente detalhista como essa organização que vai desde a pequena indústria e do sindicato, até a nível nacional do país. E essa estrutura de organização tem sua principal base na unidade produtiva, que existe em qualquer empresa, fábrica ou fazenda, ou em organizações liberais, detentora de uma hierarquia já preestabelecida onde ali há um interesse comum, que seria, na sociedade capitalista o lucro, mas isso seria confundido com os gastos que cada patrão teria, principalmente com a exploração dos juros, teria ele que subir os preços, cortar certos direitos do empregado como o salário e férias, e isso seria péssimo ao trabalhador de modo geral, então, para que as decisões do patrão não sejam solipsistas, nasce então organicamente, o sindicato, o bom sindicato que deve juntamente com o patrão, ajudar a gerir a produção. Mas o sindicato não seria uma massa amorfa, onde se misturaria patrão com operário e técnico, cada dessas profissões devem ter um sindicato para sua própria representação, e de forma geral, a corporação de ofício seria essa união dos sindicatos.
Assim sendo, esses sindicatos que realizam a manutenção da mão de obra, possam depender uma das outras para conseguirem prosperar, tendo seu interessepor vezes colaborando com o interesse de outro sindicato e até mesmo, colaboração entre corporações, e assim sendo, seria ótimo que esses sindicatos e corporações tivessemem cada câmara municipal, representação através do sufrágio corporativo como falamos anteriormente.
Assim sendo, uma corporação é um organismo puramente orgânico, que está centrado na resolução de problemas e não na criação de mais problemascom ideologias revolucionárias como ocorre hoje com sindicatos como a CUT.

A organização do estado monárquico entrelaçado com o corporativismo.
No município: a união dos trabalhadores no sindicato em comum acordo com seus patrões no município teriam caráter obrigatório para a resolução de conflitos, com por exemplo, chegar a um salário justo, e essa reunião de sindicatos poderia se estender a profissionais liberais, como havia mas pequenas comunas e repúblicas as corporações de ofício de médicos, dentistas, artesãos, pedreiros, que regulavam o trabalho, onde Paim Vieira chama de município econômico. Quando as coisas estiverem mais organizadas entre as corporações de cada cidade, poderia se formar assim uma corporação intermunicipal, onde ela elegeria um juiz corporativo para a resolução de conflitos, e em cada cidade poderia haver um órgão onde esse juiz poderia ser atuante, como havia o conselho econômico municipal onde cada representante das corporações poderiam enviar seus representantes juntos ao juiz para melhorar a produção e defender seus direitos.
Província: constituída de um conjunto natural de regiões, as províncias no império teriam caráter importante nas corporações, onde, Paim Vieira talvez num tom mais voltado ao federalismo, crê que todas os sindicatos regionais deveriam eleger um nome para ser seu representante na capital da província, no que ele chama da Federação provincial de sindicatos, onde se formaria ali uma corporação provincial de cada profissão, onde imbuídos nessa instituição, poderia ser discutido e resolvido questões a nível provincial sobre o lavoro,e por fim, poderia haver um órgão que ao lado do governador iriam formar um grêmio provincial abarcando todas essas estruturas orgânicas que, ao lado do governador, iriam juntos ajudar na administração pública.
Nacional: depois dessa hierarquia detalhada, haverá nessa realidade que, membros regionais e provinciais possam por suas vezes, reunidos em assembleia nacional, ou melhor, uma corporação a nível nacional que deve reger um ofício. O exemplo mais claro atualmente é a OAB, que corresponde de forma nacionala defesa do ofício do advogado e demais profissões ligadas ao direito. A hierarquia a nível nacional é de fato um trabalho extremamente importante e que exige a competência absoluta daquele que está ali representando uma classe inteira.
Assim sendo, a economia organizada nos interesses da representação dos trabalhadores são tratados pelas maiorescompetências na área, tendo ajuda de técnicosgabaritados para o florescimento de uma vida próspera.
Quanto à união dos juízes, poderia haver uma última instância judiciária corporativa que abarcar todas as demais estruturas, onde haveria atribuições próprias a cada uma para que essa última instância tratasse apenas de temas específicos, onde seus ministros judiciais seriam nomeados a dedo pelo Imperador.
O governo: Em uma monarquia tradicional, é comum que nenhum projeto de lei possa ser aprovado pelo imperador ou por quem quer que seja, sem haver resposta e aprovação dos representantes da produção onde estes discutirão as leis, seja a nível (principalmente) municipal, provincial e nacional, onde em seus representantes não imbuídos da falsidade do sufrágio universal, mas a conveniência geral possa ser a chave mestra em que as leis garantem sua legitimidade.
Quanto a relação nacional, Paim Vieira nota que se houver, maquinação política contra os interesses nacionais advindo dessas instituições, o governo deve também interferir, já que ele é garantidor da defesa da Pátria Cristã Católica, contra interesses obscuros advindos de nações de outro sangue, que não são os nossos e a produção é sem dúvidas o nosso principal enfoque, pois alimentamos mais de 1 bilhão de pessoas. E para isso, Paim Vieira deslumbra no Conselho Nacional Econômico, onde estará atrelado às Cortes Nacionais, que devem ter senão também como se chama em Portugal no absolutismo, os procuradores do povo.
O imperador pois deve ser a pedra angular de toda essa estrutura, pois ele é o princípio do Governo e do Estado onde ele deve ouvir as cortes, bem como consequentemente o Conselho Nacional Econômico para deliberar quais as melhores opções para a economia nacional, pois como é um Sujeito apartidário, livre de partidos, seu julgamento é imparcial para interesses escusos, mas parcial para a defesa da pátria.

Conclusão:
Concluindo esse ardoroso trabalho que como já havia dito, de vital importância para todo monarquista tradicionalista, serve senão, para o bom proveito de vocês e para o conhecimento geral desse assunto que não vemos muito em trabalhos academicos e que é esquecido pela nossa academia, ou liberal, ou socialista revisionista que atuam em interesses escusos contra a Nação, contra a brasilidade e contra os trabalhadores.
Vimos então as principais escolas do corporativismo econômico, e bem como a principal que estudamos, a patrianovista que é enfoque máximo, para concluir que a monarquia tradicional (representativa) é senão se for bem calculada, o sistema que cabe perfeitamente nas realidades do Brasil profundo, introduzindo os temas gerais para o melhor estudo do tema.
Deus, Pátria, Família, Imperador e Sindicato!

Rezemos então para o padroeiro dos operarios pedindo a intercessão por todos aqueles que fazem do suor o seu pão de cada dia, pedindo justiça e também, fé para aguentarem as cruzes tão pesadas:
Glorioso São José, modelo de todos os que se dedicam ao trabalho, obtende-me a graça de trabalhar com espírito de penitência para expiação de meus numerosos pecados;
De trabalhar com consciência, pondo o culto do dever acima de minhas inclinações;
De trabalhar com recolhimento e alegria, olhando como uma honra empregar e desenvolver pelo trabalho os dons recebidos de Deus;
De trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades;
De trabalhar, sobretudo com pureza de intenção e com desapego de mim mesmo, tendo sempre diante dos olhos a morte e a conta que deverei dar do tempo perdido, dos talentos inutilizados, do bem omitido e da vã complacência nos sucessos, tão funesta à obra de Deus!
Tudo por Jesus, tudo por Maria, tudo à vossa imitação, oh! Patriarca São José!
Tal será a minha divisa na vida e na morte. Amém.