O show de horrores do modernismo na JMJ e o futuro da juventude católica

O show de horrores do modernismo na JMJ e o futuro da juventude católica

Um show de horrores num circo de variedades do começo do século XX talvez não fosse tão ruim em comparação ao que aconteceu na JMJ de Lisboa, já que o neo-modernismo e sua faceta, talvez a pior que já tenhamos visto (depois do Conciliábulo do Vaticano II), se demonstrou de uma forma escancarada e escandalosa a todos aqueles que ainda tem os parafusos na cabeça.

O show de horrores já começa de forma cômica (ou melhor, tragicômica), com a recomendação de “expiação dos pecados”, mas ora, que tipo de pecados seriam esses? Seriam pecados contra a castidade? Contra a caridade para com os pais? É claro que não, são os “pecados contra o meio ambiente”, ou melhor, contra a pachamama. Diminuição de CO2, diminuição do uso de automóveis movidos à combustível fossil e outras pataquadas que estamos acostumados a ouvir diariamente; pois bem, e como seriam a expiação dos “pecados”? Simples, uma dieta vegetariana de 1 ano e até mesmo deixar de usar o carro por 2 anos, de acordo com o jornal italiano Il Messaggero.

Esse é o confiteor da JMJ, algo difícil de comentar de forma séria; infelizmente continua sendo a principal preocupação dos bispos e padres do velho continente nos dias atuais. Contudo, devemos nos lembrar do verdadeiro Confiteor, a confissão sincera dos nossos pecados ao sacerdote que atua in Persona Christi, onde o próprio Cristo que perdoa as nossas faltas, e mesmo perdoados, temos ainda sequelas desse pecado, e para isso que a penitência nos serve, para reparar e satisfazer a justiça, mesmo não tendo eficácia e nem mesmo semelhança ao que Nosso Senhor passou na Cruz, pois diz o Apóstolo:

“Alegro-me com os sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta à paixão de Cristo, em benefício do seu corpo que é a Igreja” Colossenses 1:24.

Ou seja, devemos estar unidos a Cristo, em nossa carne para com o sofrimento que ele sofreu na Cruz, por meio dessas penitências, coisa que os hereges modernistas neo-protestantes não acreditam, e os influenciados por eles, mesmo sem saber, fazem como parte do clero atual.

Esses atos de reparação feitos e recomendados na JMJ não são para a maior Glória de Deus e para demonstrar a nossa pequenez e nossa sujeição a Ele, mas em si, uma “sincera desculpa” ao meio ambiente, e como dito antes, a pachamama que é o verdadeiro deus dos neo-modernistas ambientalistas, pois, imbuídos da visão da pachamama como deusa, eles acreditam em uma espécie de gnosiologia naturalística, que vê o meio ambiente como imaculado e supremo bem que temos nesse mundo e acima de qualquer coisa devemos que o servir, e bem como, entronizada pelos membros da Igreja no infame sínodo da Amazônia, ou seja, pachamama virou a deusa imanente desses homens que olham mais as coisas terrenas que para o céu e a salvação das almas; a Igreja então se rebaixa mais ainda que no Vaticano II, ela se rebaixa a meramente a defesa do meio ambiente e da pachamama, -não mais do homem-, na cabeça débil desses modernistas.

Pachamama, Sacrifícios humanos? | Oriundi.net

Passado esse ponto do ambientalismo, foquemos em coisas ainda mais escandalosas, como a forma que trataram Nosso Senhor Jesus, presente verdadeiramente na Eucaristia, como está no céu, colocando-o em uma tupperware, sim, isso mesmo, uma tupperware que sua mãe pode ter em sua casa; o uso de tupperware’s pelos sacerdotes de acordo com a cabeça infectada desses homens, é um chamado aos jovens para “transmitir uma mensagem de humildade e simplicidade, convidando os jovens a refletir sobre o valor dos elementos materiais na liturgia”, que é por si só um escândalo. Vai contra toda a Tradição da Igreja em sempre dar o melhor à Deus.

A demonstração da humildade e simplicidade na liturgia encontrou, não na JMJ, mas na vida dos Santos, em especial o Cura D’ars, São João Maria Vianney, um padre santo que tinha uma casa extremamente humilde, e uma batina malfadada, mas ainda sim, ao fazer o Sacrifício no altar, segurava um cálice de ouro maciço, que convenhamos, passa longe de uma tupperware. As consequências disso vão ser devastadoras. A dessacralização da missa, já vindo desde a elaboração do novo missal que buscou fazer um ecumenismo com outras religiões, inclusive convidando uma comitiva de pastores luteranos e diversos protestantes como “observadores”, e em prol de um arqueologismo que já fora condenado por Pio XII na Mediator Dei, diminui a fé daquele que está vendo, principalmente na crença da presença real de Cristo na Eucaristia; agora com a substituição das patenas por um pote de plastico, como ficariam a fé daqueles que acham isso normal? Lembremos o que Nosso Senhor fala em Lucas 17:2 sobre aqueles que fazem escândalos: “Melhor lhe seria que se lhe atasse em volta do pescoço uma pedra de moinho e que fosse lançado ao mar, do que levar para o mal a um só destes pequeninos. Tomai cuidado de vós mesmos.”

As causas dessa dessacralização da Missa da JMJ remontam ao nominalismo e fideísmo protestante, que, por incrível que pareça, está em oposição ao naturalismo também apregoado por eles-, que retira a fé do panorama sobrenatural, como uma virtude que Deus infunde em nós, isto é algo racional, e passam a ver a fé como apenas uma “experiência”, que adquire um componente único de salvação, ou seja, já não basta mais a caridade, fazer boas ações, e a esperança, mas agora a fé é a única, mas se tem uma fé (muitas vezes capenga) este será salvo e não importa senão a liturgia, como dar a Deus o que melhor temos, não importa, rejeitem ou minimizem os parâmetros do padre, minimizem a missa, tudo isso não é necessário se temos a fé e seremos salvos por ela.

Ledo engano!

O futuro da juventude católica, ao ver essas fotos, vídeos e frases, nos fazem ter medo do futuro, infelizmente isso é um fato, o catolicismo está travestido de humanismo e ambientalismo, como acabamos de ver no exemplo em que numa missa de peregrinos espanhóis, deram Nosso Senhor Sacramentado em uma bacia de plástico apenas para o “exercício da humildade”, ou seja, colocando a Eucaristia à serviço do homem, e não mais o homem à serviço Dele. E mais severamente ainda, no ambientalismo, sujeitando o homem a fazer penitência em prol de algo inferior a ele, subvertendo a ordem da criação de Deus.

Porém, tudo não está perdido. Devemos lembrar que a juventude verdadeiramente católica ainda está viva, e temos o exemplo de católicos fiéis em muitos países, muitos deles membros da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, que pregam a preservação do que a Igreja sempre ensinou, ipsum facto, a Doutrina e também num exemplo brasileiro, temos os jovens fiéis da Tradição que foram às centenas numa peregrinação até Aparecida. E isso é preocupante para os clérigos mais velhos e progressistas, ao ver tantos fiéis católicos querendo uma Igreja Católica como ela sempre foi, e não ecumênica ou moderna. Vejam como sofrem os institutos tradicionais da Igreja com ataques diretos por parte do Vaticano,como com o Motu Proprio Traditionis Custodes, o fim que o Papa deu ao instituto Ecclesia Dei em 2019 e mais recentemente a patuscada que Dom Mol fez com a pobre fiel; esse é o real medo da Igreja Conciliar: o jovem com um rosário

Peregrinação a Aparecida 2023 – Fotos | Fraternidade Sacerdotal São Pio X  no Brasil

Nós da Legião de Anchieta seguimos bem o que São João Bosco aos jovens: "Não adianta nada ficar lamentando os males. É preciso arregaçar as mangas e dar de tudo para eliminá-los", isto é, fazer o que é preciso para a luta contra o mal usando os meios necessários, e assim fazendo o que é preciso, da melhor forma que podemos.